segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Mercado na base da pirâmide

De acordo com as estatísticas mundiais existem em todo o mundo cerca de quatro biliões de pessoas que vivem o seu dia à dia com menos de dois dólares por dia. Durante os últimos 50 anos muitas têm sido as organizações, para o combate à pobreza mundial e mobilidade social das famílias afectadas sem grande sucesso.
Algumas coisas são feitas, quando estas organizações se juntam e fazem esforços e pedem solidariedade social, para determinados acontecimentos, como cataclismos ocorridos, nessas regiões pobres, que ainda ficam mais pobres quando essas situações acontecem. É um facto que podemos considerar, que não ficamos de braços cruzados mas essas ajudas são muitas vezes pontuais e de nada ajudam quem por natureza já pouco tem.
Esta frustração e esta incapacidade é que fez com que C.K.Prahalad escrevesse um livro sobre “ A Riqueza na Base da Pirâmide” com o seguinte pensamento, “Se nós pararmos de pensar nos pobres como vitimas ou como um fardo e começarmos a reconhecê-los como empreendedores resilientes, criativos e consumidores, um mundo novo de oportunidades se abrirá.”
Prahalad comprova com a sua tese que esses quatro biliões de pessoas pobres podem ser o motor para o comércio e a prosperidade globais, pois é importante nas relações comerciais e industriais, rever conceitos e trabalhar em colaboração com as organizações da sociedade civil e os governantes locais para que os utentes da base da pirâmide possam ser servidos desenvolvendo o mercado e criando milhões de empreendimentos neste nível que possam servir estas pessoas, aproveitando o seu rendimento e fazendo-os crescer na base da pirâmide.
Prahalad apresenta a sua visão para a solução do problema como uma acção que envolve:
- empresas privadas
- organizações de desenvolvimento e auxílio
- consumidores da Base da Pirâmide
- empreendedores da Base da Pirâmide
- não esquecer a sociedade civil e governos locais

Este autor preconiza que os pobres não podem participar dos benefícios sem estarem envolvidos, tendo para isso que ter acesso a produtos e serviços que representam os padrões globais de qualidade, como eliminar, reduzir e reciclar. Para isso é importante a palavra Educação das Comunidades.